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Jornal do Centro Acadêmico de Medicina "Dercir Pedro de Oliveira"
Curso de Medicina
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Campus de Três Lagoas (CPTL)

O currículo para as provas de residência: o que realmente importa?

O que é o currículo?


O currículo para o estudante de medicina ou médico, e futuro candidato à residência médica, mostra para a banca avaliadora como foi a sua formação durante a graduação e quem você é como profissional. É nesse documento onde constam todas as informações de tudo o que você fez na sua área.

Vale destacar que tudo o que consta no seu currículo poderá ser questionado durante a fase de entrevistas para a seleção, portanto, é importante que as informações sejam verídicas, que se saiba argumentar sobre elas e que se tenha provas documentadas de cada ação realizada, visto que podem ser solicitadas posteriormente.


O que é indicado ter no currículo profissional?


Ter uma quantidade enorme de atividades não é indicativo de qualidade do currículo. Assim como ter uma quantidade pequena de atividades não é indicativo de que o candidato perderá pontos na análise curricular. O que mais importa para os avaliadores é que se tenha coerência entre as atividades e não pareça que o aluno apenas realizou diversas atividades, deixando de lado as atividades obrigatórias durante o curso.

A composição do currículo é feita através do registro de participações em eventos e plantões, ligas acadêmicas, grupos de estudos e programas de educação tutorial, por exemplo.


Informações indispensáveis e que fazem diferença

Algumas realizações durante o curso favorecem a interpretação da banca e são imprescindíveis que estejam presentes no currículo, como o conhecimento em línguas estrangeiras. Nesse caso, certificados como Test of English as a Foreign Language (TOEFL) e Exame de Competência de Cambridge-Michigan (ECCE) tem pesos bastante interessantes. Não necessariamente o médico precisa ter fluência no idioma, mas, o conhecimento mínimo (e se possível técnico na área médica) já garante uma pontuação a mais tanto no currículo quanto na entrevista. Para o inglês, por ser um idioma universal, é interessante que todos apresentem teste de proficiência. Já para outros idiomas, quanto mais, melhor para o candidato (lembrando que é necessário ter também o teste de proficiência!).

Atividades acadêmicas como monitorias, ao longo do curso, são muito bem vistas pela banca. Para comprovar sua participação em atividades com docentes do curso, é indicado solicitar uma carta de recomendação. Essa atividade ainda não é muito praticada no Brasil, apesar de ser em outros países como os EUA, porém, pode ser apresentada para a banca e ainda garantir mais alguns pontos. Para algumas bancas faz bastante diferença a indicação de um docente, preceptor ou mesmo algum outro profissional da área com quem tenha realizado algum estágio ou conheça bem o aluno.

Outras coisas que não podem faltar no currículo, além dos já supracitados: projetos de extensão, intercâmbios, curso de informática, iniciação científica e publicações, estágios intra e extra locais, premiações e títulos, produção biográfica e apresentação de trabalhos em congressos.

Algumas instituições ainda valorizam muito as atividades diferenciais, como as que estimulam o lado humano do profissional: atividades artísticas, trabalho voluntário e atuação na representação estudantil. Outras valorizam a instituição de ensino de origem e a sua estrutura, como a presença de Hospital Universitário próprio, oferecer ensino de graduação nos três níveis de atenção à saúde, produção científica e ainda a duração do internato. Há ainda aquelas que somem pontos extras para os alunos que tenham médias gerais no curso em faixas específicas e quanto maior essas médias, maiores as pontuações.


Como deve ser estruturado?


Normalmente cada instituição apresenta um edital com normas específicas para a apresentação do documento. Algumas delas oferecem até mesmo formulários online para que sejam preenchidos. Informação importante que deve ser levada em consideração é: precisa ser objetivo e claro, como qualquer outro currículo.

Indica-se, em grande parte das bancas, a utilização do currículo Lattes (https://lattes.cnpq.br/), que é normalmente utilizado para pesquisa e contém as informações necessárias sobre as atividades do aluno durante o curso. O famoso e velho conhecido Vitae também pode ser utilizado, contudo, não possui uma profundidade importante como o Lattes, não esquecendo que esse último pode (e deve!) ser preenchido ao longo da graduação, com tempo, dedicação e atenção.


Como é a avaliação?


A análise do currículo médico tem peso de 10% nas seleções para a residência médica e costuma ser bem criteriosa em algumas instituições.

Os processos seletivos costumam ter duas ou três etapas, sendo a primeira eliminatória e as seguintes classificatórias. Dentro das classificatórias estão a análise de currículo e a entrevista, que definem a lista final de aprovados na seleção.

Resumo do que precisa ter no currículo:






Bruno Oliveira é aluno da Turma III de Medicina e responsável pela coluna “Residência Médica”-Matéria de julho de 2021.



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